Um jovem solteiro de 25 anos compareceu ao Centro de Medicina Sexual de Hanói em estado de ansiedade e estresse psicológico.
Durante a anamnese, o paciente relatou que começou a se masturbar aos 16 anos, em média 2 vezes por semana.
Recentemente, devido a dificuldades no trabalho, ele havia sido demitido e estava aguardando um novo emprego, o que aumentou a frequência de masturbação para 7 vezes por semana. O paciente apresentava muitos pensamentos e fantasias focados apenas em atividades sexuais e passava a maior parte do tempo em casa pensando sobre o assunto.
MSc. Dr. Pham Minh Ngoc consulta paciente sobre vício em masturbação.A MSc. Dra. Pham Minh Ngoc examina e aconselha o paciente (Foto: Fornecida pelo hospital).
O paciente compartilhou com o médico que antes participava ativamente de atividades esportivas, praticando exercícios 3 vezes por semana, mas atualmente havia parado de se exercitar, reduzido o tempo fora de casa e diminuído o tempo para outras atividades.
Após o exame direto, a MSc. Dra. Pham Minh Ngoc, Vice-Diretora do Centro de Medicina Sexual de Hanói, diagnosticou o paciente com vício em masturbação, com uma tendência crescente de pensamentos, fantasias e motivação para a masturbação.
“Os homens geralmente têm uma tendência a se masturbar com mais frequência do que as mulheres, especialmente na adolescência e no início da vida adulta.
Alguns estudos mostram que cerca de 70-90% dos homens praticam a masturbação pelo menos uma vez na vida.
As mulheres também se masturbam, embora a frequência possa ser menor do que nos homens, com cerca de 40-60% das mulheres tendo se masturbado”, informou a Dra. Ngoc.
No caso deste jovem, a médica aconselhou o tratamento com terapia psicológica combinada com medicação e terapia cognitivo-comportamental, além de orientar o paciente a mudar seu estilo de vida, participar ativamente de atividades comunitárias e evitar ficar sozinho para minimizar ao máximo os pensamentos sobre atividades sexuais.
Segundo o MSc. Nguyen Quoc Linh, especialista em psicologia clínica, a masturbação (ou qualquer comportamento que proporcione prazer imediato, como comer, jogar, fazer compras…) como um mecanismo de enfrentamento para escapar do estresse é um fenômeno psicológico muito comum.
Do ponto de vista psicológico, a masturbação e o orgasmo liberam um “coquetel” de substâncias químicas no cérebro (dopamina, endorfinas, oxitocina), proporcionando uma sensação imediata de relaxamento, alívio da dor e prazer, e assim aliviando todo o estresse.
No entanto, a masturbação excessiva pode causar sentimentos de culpa, vergonha ou ansiedade. Esses sentimentos podem surgir de conflitos entre visões culturais e religiosas e valores pessoais.
“A realidade mostra que muitos casos de abuso da masturbação como um mecanismo para escapar de problemas estressantes na vida. Se houver dependência da masturbação como meio de aliviar o estresse, isso pode levar à estagnação na resolução desses problemas, aumentando assim a sensação de solidão e insatisfação na vida”, analisou o MSc. Linh.



