Em 2017, o mundo testemunhou um marco significativo quando AlphaGo, programa de inteligência artificial (IA) da Google, derrotou o maior jogador mundial de go, Ke Jie. Desde então, a China não parou de promover sua ambição de se tornar líder global em IA até 2030. Esse compromisso foi demonstrado por meio de investimentos bilionários em pesquisa e desenvolvimento de tecnologia de IA. Um dos exemplos mais claros desse progresso é a emergência do DeepSeek – uma startup com recursos limitados, mas que alcançou resultados impressionantes.
As Ambições Tecnológicas da China
Embora DeepSeek seja uma empresa privada sem apoio direto do governo, ela representa a visão estratégica dos principais líderes chineses. O secretário-geral Xi Jinping enfatizou que o país precisa “dominar os picos” e “comandar” tecnologias avançadas como IA, supercomputadores e energia verde. Essa é uma mudança importante para reduzir a dependência de imóveis ou exportações de produtos baratos.
A criação do DeepSeek abalou a crença de que os EUA sempre dominariam o campo da IA. Com um modelo de IA de alto desempenho, mas de custo muito menor em comparação com gigantes tecnológicos americanos como OpenAI, Google ou Meta, o DeepSeek provou que a IA não é mais um “jogo” exclusivo das nações ricas.
IA: Uma Faca de Dois Gumes
Embora tenha alcançado muitas conquistas, a China também enfrenta grandes desafios relacionados à gestão da tecnologia de IA. As regulamentações sobre IA no país passaram por várias mudanças, dependendo de como eles avaliam as forças e fraquezas da indústria. Em 2022, após o lançamento do ChatGPT, a China relaxou as regulamentações para incentivar projetos de IA. No entanto, de acordo com o especialista Matt Sheehan do Carnegie Endowment for International Peace, quando a China recupera a confiança, o instinto de controle pode se tornar uma faca de dois gumes.
Inicialmente focado no mercado de ações chinês, o DeepSeek depois se转向