O uso de medicamentos tradicionais tem se tornado uma tendência popular, especialmente no tratamento de doenças crônicas. No entanto, a história de L.V.H (33 anos, Vĩnh Phúc) é um alerta sobre os riscos de se mudar para medicamentos tradicionais sem a orientação médica adequada.
Situação crítica devido ao uso indevido de medicamentos tradicionais
L.V.H foi diagnosticado com hepatite B há um ano e foi prescrito tratamento com antivirais por 9 meses. No entanto, nos últimos 3 meses, ele interrompeu os medicamentos convencionais e passou a usar medicamentos tradicionais encontrados na internet.
Duas semanas antes da internação, ele começou a apresentar sintomas como fadiga progressiva, diminuição do apetite, icterícia e urina escura. Apesar do tratamento em um centro médico local, a condição não melhorou, levando-o ao Hospital de Doenças Tropicais do Centro.
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Consequências graves do uso indevido de medicamentos
Os resultados dos exames revelaram uma severa insuficiência hepática aguda no paciente: transaminases hepáticas elevadas em 35 vezes, bilirrubina elevada em 11 vezes e função hepática gravemente comprometida com vários marcadores anormais. Os médicos diagnosticaram insuficiência hepática aguda devido a uma exacerbação da hepatite B crônica.
O Dr. Trần Minh Quân, vice-diretor da Divisão de Hepatite, disse: “Parar o tratamento antiviral por 3 meses consecutivos é extremamente perigoso. O vírus da hepatite B pode se proliferar rapidamente, causando danos generalizados ao fígado e podendo levar à morte se não for tratado a tempo.”
O papel crucial do fígado e a importância do tratamento adequado
O fígado é um órgão essencial com 4 funções principais: metabolismo, desintoxicação, produção de bile e armazenamento. O vírus da hepatite B ataca diretamente as células hepáticas, sendo o culpado pela hepatite B crônica. Se não for monitorado e tratado adequadamente, a doença pode levar a complicações graves, como cirrose e câncer de fígado.
De acordo com o Dr. Quân, apenas cerca de 10% dos pacientes com hepatite B precisam de tratamento com antivirais. Esses medicamentos, principalmente antivirais, podem controlar o vírus e proteger o fígado de forma eficaz. Cerca de 2 a 8% dos pacientes terão o tratamento interrompido após 5 a 7 anos de tratamento contínuo.
Recomendações de especialistas sobre o uso de medicamentos tradicionais
Especialistas médicos recomendam cautela com medicamentos de origem desconhecida e amplamente divulgados na internet. Muitos casos levaram a internações de emergência, diálise, transplante de fígado ou morte por intoxicação hepática aguda devido ao uso destes medicamentos.
“Não existe um medicamento ideal absoluto. O paciente deve consultar um médico para obter aconselhamento sobre a escolha do tratamento mais adequado a cada caso específico”, enfatizou o Dr. Quân.
O caso de L.V.H é uma lição valiosa sobre a importância de seguir o tratamento e ter cautela na escolha de tratamentos alternativos, especialmente os medicamentos tradicionais, que têm sido utilizados por muitas pessoas sem o conhecimento adequado.