A discussão na reunião dos deputados do Congresso em 26/03/2025, em torno do projeto de lei de Imposto sobre Produtos Especiais, particularmente a tributação de objetos fúnebres e materiais funerários, gerou acalorados debates. Os parlamentares apresentaram diversas opiniões e sugestões de soluções alternativas, buscando um equilíbrio entre a tradição e a preservação ambiental.
Tributar Objetos Fúnebres: Será Eficaz?
O projeto de lei propõe a tributação de 70% sobre os objetos fúnebres e materiais funerários. No entanto, a medida suscitou discussões acirradas no Congresso.
A deputada Phạm Thị Thanh Mai (Hanói) argumentou que, na cultura vietnamita, os objetos fúnebres são essenciais para rituais de luto e veneração. Embora a queima de objetos fúnebres possa causar poluição, a mudança desses costumes deve ser cuidadosamente ponderada. Ela sugeriu que a redação da lei deve diferenciar claramente objetos fúnebres de brinquedos e materiais escolares, que não deveriam ser tributados.
O deputado Nguyễn Văn Cảnh (Bình Định) também expressou a visão de que a tributação elevada não é a solução ideal para mudar o hábito da queima de objetos fúnebres. Ele sustentou que a prática está enraizada na tradição e que a elevação de impostos não modificaria o comportamento da população. Em vez disso, ele propôs o aumento da conscientização e incentivo a alternativas, como a utilização de materiais alternativos para queima.
Alternativas: Queimar Cartões de Crédito para os Mortos?
O deputado Nguyễn Văn Cảnh propôs uma solução inovadora: em vez de queimar objetos fúnebres, os cidadãos poderiam queimar cartões de crédito Visa e Mastercard de alto valor. Ele argumentou que a queima de um cartão com valor de bilhões de dongs seria suficiente para os mortos.
Ele também mencionou o costume de distribuir dinheiro em funerais, sugerindo que as distribuições fossem feitas apenas em cruzamentos de ruas. Essas propostas geraram discussões e reações contraditórias.
Digitalização dos Objetos Fúnebres?
O Vice-Presidente do Congresso, Nguyễn Đức Hải, afirmou que a digitalização está em alta, e os objetos fúnebres também precisam ser “digitalizados”. Ele citou o exemplo do Japão e de outros países, onde as pessoas podem usar incenso eletrônico em vez de queimar objetos fúnebres.
Conclusão
O debate no Congresso sobre o projeto de lei de Imposto sobre Produtos Especiais, envolvendo objetos fúnebres, demonstra a complexidade em lidar com questões culturais e ambientais. É necessária uma profunda consideração entre os objetivos fiscais e o respeito às tradições culturais. A busca por soluções alternativas eficazes e sustentáveis é fundamental.